Eis aqui um grande exemplo de como as questões ambientais e sociais se interrelacionam no espaço urbano de nossas metrópoles, e, juntas, formam uma realidade complexa a exigir das mentes pensantes, e atuantes, soluções sofisticadas, ou políticas sociais, para resolver a chamada questão urbana.
"Cá para baixo, na Cidade Maravilhosa, a do samba e do carnaval, a situação não está melhor. A ideia, agora, é rodear as favelas com um muro de cimento armado de três metros de altura. Tivemos o muro de Berlim, temos os muros da Palestina, agora os do Rio. Entretanto, o crime organizado campeia por toda a parte, as cumplicidades verticais e horizontais penetram nos aparelhos de Estado e na sociedade em geral. A corrupção parece imbatível. Que fazer?"
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Comparar os muros em torno das favelas com o muro de Berlin ou o da Palestina é no mínimo estúpido. Não se pretende cercar toda a favela nem embasar a ação em motivos étnicos ou políticos. Trata-se apenas de um muro que separará a favela da mata, ou seja, a parte de trás das comunidades. Em nome da demagogia pobre x ricos é preferível, então, deixar que elas cresçam indiscriminadamente? Quem mora em favela da zona sul o faz por opção e paga caro para morar lá. Ninguém quer trocar o barraco no morro por uma casa num projeto habitacional mais distante. E com isso a classe média é que se dá mal, pois os realmente ricos continuarão com a vista para o mar do Leblon. CHEGA DE AVANÇO DESORDENADO! SE FOR ASSIM EU TAMBÉM QUERO UMA CASA NA MONTANHA COM VISTA PARA O MAR E SEM NENHUM CUSTO COM IMPOSTOS, LUZ, GÁS, ETC! A favela que vejo ao longe, da minha janela, só tem casa de dois andares...
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